Prevaleceu a vontade do povo, com 131.145 signatários a favor de Audifax, que ganhou com uma diferença de 50.946 votos. Trata-se de uma diferença inquestionável, de uma vitória acima de qualquer suspeita.
Em política não existe empate, ou se perde ou se ganha. Um resultado elástico dá ao vitorioso amplas condições de governabilidade.
Com o resultado da eleição na Serra, Audifax reúne todas as condições para governar a cidade sem a sombra daquele que, em tese, é o seu criador. Sem uma oposição política, ele tem a tranquilidade para imprimir um ritmo administrativo mais veloz e voltado para as grandes obras, sobretudo no sistema viário e projetos-âncoras, capazes de alavancar novamente a economia local, como foi a CST, quando de sua construção e operação.
Analisando o resultado sob a ótica de Vidigal, melhor que seja com o resultado que foi, pois perder por mais de 50 mil votos não dá para buscar culpados, se autopenalizar pelo fracasso, nem culpar amigos que foram para o outro lado.
Não dá para jogar a culpa nos ex-aliados, na falta de recursos financeiros, no governador que atuou nos bastidores em favor do oponente, no ex-governador Paulo Hartung (PMDB), que ficou de vir à Serra e não veio.
Perder da forma como perdeu é só lamentar que o ciclo no Poder Executivo tenha chegado ao fim.
Não é para servir de consolo, mas para mostrar o comportamento do eleitor nessa eleição; o que prevaleceu foi a mudança: mudou em Vitória, com a eleição de Luciano Resende (PPS); mudou em Vila Velha, com Rodney Miranda (DEM); mudou em Cariacica, com Juninho (PPS); mudou em Viana, com Gilson Daniel (PV) e, em Linhares, com Nozinho Correa (PDT). Isso sem citar as cidades de menor porte, onde também foram registradas mudanças inesperadas em muitas delas.
Os cenários econômicos e financeiros para o ano que vem são péssimos, mas a Serra tem um diferencial que os outros municípios não têm: um prefeito com experiência administrativa. Audifax é muito familiarizado com a máquina administrativa municipal, pois foi secretário municipal em diversas pastas por sete anos e prefeito por quatro. Portanto, está capacitado para dar um choque de gestão.
Paralelo a isso, Audifax, na condição de deputado federal, passou os últimos dias em Brasília visitando ministérios e buscando obras e recursos para a Serra. Está deixando engatilhado a uma série de situações favoráveis à sua administração; e quem conhece bem o espírito do prefeito eleito, sabe que ele não é de ficar parado, esperando cair do céu. Pode-se dizer que ele aplica bem o refrão ‘... quem sabe faz a hora não espera acontecer ...’, da música Pra não dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré.
Fonte: Jornal Tempo Novo
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