sábado, 17 de novembro de 2012

Dragagem do rio Reis Magos é interrompida

O trabalho de dragagem e desassoreamento do rio Reis Magos, em Nova Almeida, está paralisado. O motivo da interrupção, segundo o secretário municipal de Agricultura, Aquicultura e Pesca, Bruno Silvares, é a necessidade de avaliação sobre a eficácia da intervenção e, também, para que possam ser buscados meios a fim de reduzir os transtornos causados aos comerciantes em virtude da areia levada pelo vento.
Alvo de muitas queixas de moradores, turistas e comerciantes, os montes de areia depositados em área aberta na orla estão com os dias contados. Pelo menos foi o que garantiu o secretário Bruno Silvares. “Uma parte do monte de areia já foi retirada e outra parte será removida nos próximos dias”, explicou ele, por meio da assessoria de Comunicação. Silvares informou, ainda, que a areia está sendo levada para obras da Prefeitura da Serra que utilizam o material, como campos de futebol de areia.
Vale lembrar que na edição nº 991, de outubro deste ano, o Tempo Novo mostrou o posicionamento do Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) a respeito do acúmulo de areia retirada da dragagem. O órgão, que autorizou o despejo dos sedimentos do rio Reis Magos no local, informou ao jornal que os montes de areia, “provavelmente”, haviam ultrapassado a área permitida para o depósito (300 metros²), na qual não deveria existir cobertura de vegetação. No entanto, a reportagem mostrou que a areia estava encobrindo os troncos de diversas castanheiras, além de estar muito próxima à restinga.
Pescadores
A comunidade pesqueira de Nova Almeida não recebeu bem a notícia de que os trabalhos de dragagem e desassoreamento do rio foram interrompidos. Para eles, o que foi feito até o momento já gerou bons resultados. “O pouco que cavaram melhorou bastante. Se ela [a draga] continuasse, ficaria espetacular. Seria bom também se tirassem o resto da coroa [um banco de areia no meio do rio]. Mas na foz, ainda está difícil para sair e chegar do mar”, contou o pescador José Maria Almeida.
O presidente da Associação de Pescadores de Nova Almeida, Antônio Vieira Lima, o “Toninho”, também lamentou o fim dos trabalhos no rio e acredita em prejuízos aos que tiram o sustento do mar. “A draga, embora pequena, estava ajudando. A nossa necessidade é desassorear o rio, mas sem a draga a situação vai piorar para a gente”. Toninho também alegou que os pescadores não foram avisados sobre a paralisação do processo de dragagem.
Fonte: Jornal Tempo Novo

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