Governo afirma ter imagens da manifestação de estudantes
Redação Multimídia
Um ato violento, duas versões. O momento de maior tensão do protestos dos estudantes contra a o reajuste de R$ 0,15 na tarifa do Transcol ocorreu quando um ônibus foi incendiado. Para os manifestantes, a ação teria sido articulada por policiais infiltrados. Já o governo do Estado não tem dúvidas sobre a autoria do incêndio: o ato partiu de um dos participantes da manifestação, que paralisou boa parte de Vitória na manhã de ontem. Mais do que isso: o governo garante ter imagens de quem iniciou o fogo, colocou a polícia para procurá-lo e pretende prendê-lo nas próximas horas.
Em nota, a PM disse que tem provas contundentes e que as imagens estão sendo encaminhadas à Polícia Judiciária para "subsidiar a abertura dos inquéritos policiais e responsabilização criminal dos indivíduos identificados". O material também foi enviado ao Ministério Público do Estado.
Cenário
A manifestação de estudantes começou cedo, e às avenidas Jerônimo Monteiro e Getúlio Vargas, no Centro, foram fechadas na frente do Palácio Anchieta. O local também foi palco de manifestação parecida, em junho de 2011.
Segundo a PM, cerca de 100 pessoas impediram a circulação de veículos. Manifestantes afirmam que eram 200. Além de estudantes, participaram trabalhadores da área portuária e da construção civil. E não seriam os únicos: a coluna Victor Hugo apurou envolvimento de outro sindicato (leia mais na página 8).
Às 8h30, policiais do Batalhão de Missões Especiais lançaram bombas de gás lacrimogêneo e usaram balas de borracha. Pessoas que passavam pela região - depois de terem saltado dos ônibus para seguir a pé - ficaram assustadas e correram. Os manifestantes tentaram subir as escadarias do Palácio, mas foram impedidos. Dois deles chegaram a ser detidos.
Pânico em coletivo
Vinte minutos depois, o ônibus foi incendiado. "Foi terrível, todo mundo chorando. Foi o motorista sair, e o ônibus explodiu", afirmou uma das passageiras, Gilmara Silva.
Após bombeiros apagarem as chamas, as vias foram liberadas. Até então, o engarrafamento era grande: passava da Prefeitura de Vitória na direção Praias - Centro; e, no lado oposto, da Segunda Ponte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário