Sérgio Vidigal rebateu críticas do atual prefeito, Audifax Barcelos, na imprensa sobre dívidas encontradas pela equipe e que, somadas, totalizariam um montante superior a R$ 52 milhões
Dez dias após ter deixado o governo e, em função das dificuldades declaradas pelo atual prefeito, Audifax Barcelos (PSB), o ex-prefeito Sérgio Vidigal (PDT) veio a público rebater as acusações do socialista sobre dívidas herdadas da sua administração, além de contratos firmados sem licitação.
O atual prefeito citou como exemplo o contrato para o recolhimento de lixo, que foi prorrogado, sem licitação, por vinte anos, embora a administração tenha dívida acumulada junto à empresa da ordem de R$ 52 milhões. Citou, ainda, dívidas com o Instituto de Previdência dos Servidores (IPS), que ultrapassaria os R$ 63 milhões, e com empresas fornecedoras do vale-alimentação. Segundo Audifax Barcelos, somados os empreiteiros, fornecedores e dívidas de curto prazo, o montante supera os R$ 200 milhões. O prefeito argumentou que, em função do endividamento, a Serra pode perder recursos federais, caso não realize os pagamentos.
Em resposta, o ex-prefeito Sérgio Vidigal foi a público e frisou que a informação sobre dívida é “mais uma inverdade” e acrescentou. “Queria fazer um apelo aos prefeitos que estão assumindo para que deixem por conta dos órgãos controladores a avaliação dos balancetes das prefeituras. Nosso balanço geral será encaminhado pelo atual prefeito e vai ser avaliado pelo Ministério Público de Contas e pelo Tribunal de Contas (TC). As divergências entre as falas de um e de outro acabam por confundir a população”, comentou.
Vidigal falou, ainda, sobre sua experiência ao assumir a prefeitura em 2009. Segundo ele, nos 90 últimos dias de governo, o então prefeito Audifax Barcelos criou impacto de R$ 50 milhões na folha, por meio de ações como a implantação de tíquete-alimentação e da isonomia destinada ao professor. Deixei a análise desta questão para o TC”, disse.
O ex-prefeito retrucou todas as acusações, alegando que, ao entregar a Prefeitura da Serra no último dia 31, deixou saldo de R$ 71 milhões, restando pagar R$ 59 milhões. Neste caso, a PMS teria um saldo de R$ 12 milhões em caixa.
Sobre a prorrogação do contrato de coleta de lixo, o prefeito disse que tem respaldo jurídico para isso. “O juiz de 1º instância da Serra determinou que prorrogasse pelo mesmo período. Nós recorremos em duas ocasiões, e o Tribunal de Justiça manteve a decisão”.
No entanto, o ex-prefeito acrescentou que fez uma repactuação por meio da qual prorrogou o contrato por vinte anos, uma vez que o documento permitia isso. “Acrescentamos dívidas não só da minha época, mas ao longo do tempo, e parcelamos por oito anos, o que gera um impacto de R$ 500 mil reais/mês”, minimizou.
Fonte: Jornal Tempo Novo
Fonte: Jornal Tempo Novo
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