As movimentações na eleição deste ano apontam para a interferência do ex-governador, que tem se reunido com lideranças e dado orientações aos grupos sobre os posicionamentos desejados para os pleitos municipais. Essa influência de Hartung, porém, é feita em parceira com Casagrande, que tem evitado fazer muitas movimentações com a base. E seus direcionamentos vão ao encontro do que também vem sendo defendido por seu antecessor.
Desde sua eleição para a Câmara dos Deputados, como o mais bem votado do pleito, as discussões sobre a possível candidatura de Audifax a prefeito da Serra este ano tomaram conta do mercado. Isso porque o PDT, de Vidigal, faz parte do núcleo duro da base governista.
Haveria uma pressão muito grande para que o governador interviesse no processo eleitoral, impedindo que seu correligionário disputasse a eleição na Serra, seu principal reduto eleitoral. Foi até cogitada a possibilidade de Audifax disputar a eleição em Vitória, na época. Mas essa hipótese foi descartada logo depois.
Naquele momento, Audifax enfrentava um grande obstáculo dentro do próprio PSB. Problema que persiste até hoje. O diretório socialista local, na verdade, é uma extensão do grupo do prefeito. Tanto que o diretório municipal foi um dos que mais reagiu à possibilidade de Audifax disputar a eleição.
A composição de Vidigal e Audifax pressupõe a retirada da candidatura do deputado federal, o que facilitaria a vida do prefeito. Afinal, o cenário na Serra aponta para uma eleição difícil. Além da pequena diferença entre os dois principais agentes políticos, os demais nomes colocados no pleito podem confluir para uma terceira via, ou dividir os votos, a ponto de jogar o pleito para o segundo turno.
Renata Oliveira
Foto capa: Nerter Samora
Foto capa: Nerter Samora
Fonte: Século Diario
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